O Criador de Fila

Esse é um assunto por demais interessante.
Quase todos nós consiteramos nossa linhagem boa, nossos cães bons e os dos outros ruins. Ocasionamente vemos um cão com outro criador que pode ser bom, mas mesmo assim, quando admitimos, colocamos sempre um "MAS...PODERIA."
A arte de criar filas, como qualquer outra, tem que ser embasada no gostar dos cães e da raça. Todos gostamos da raça, vemos alguns "modelos" que enchem nossos olhos e daí passamos a procurá-los e tentar nos aproximar destes modelos, que na maioria das vezes e vitual.
Minha admiração por filas é antiga e meus modelos foram alguns cães que gostaria de citar. Timbó do Aquienta Sol, Marta do José Gomes, Elba do Engenho Velho, Fama e Fabula do Ibituruna, Pochorel, Ilha da Serra Dourada, Oscar do Ibituruna, Jumbo da Jaguará, Fama do Engenho, Cobalto do Sobrado, Amora e Nagan do Amparo, Nara da Rondônia, Flor do Iurupixuma e Leo dos Campos Gerais.
Procuro, na maioria das vezes sem sucesso, conseguir exeplares que aproximem destes. Nesta busca do exemplar que queremos, normalmente achamos algo diferente deles, porém com as mesma qualidades e então daí vamos fixando as características destes elementos, corrigindo os defeitos e formando nossa própria linha de sangue.
Como não existe cão perfeito, cabe a nós criadores, aos poucos ir eliminando defeitos e aprimorando. Neste aprimoramento, que é feito por seleção, devemos corrigir as faltas e buscar bons reprodutores e matrizes. Selecionar matrizes, que sejam boas mães e reprodutoras, é em minha opinião, o fator preponderante para que um canil forme sua própria linhagem. Para machos reprodutores e raçadores, devemos sempre procurar individuos com bastante homozigose que tenha sempre um temperamento forte e que transmitam isso. É uma busca constante e surgem poucos. Infelizmente, nem sempre as fêmias magnificas e os machos excepcionais são os melhores reprodutores. A melhor ninhada que eu já vi, não era minha, foi de uma cadela fila, porém medíocre, mas de uma linhagem muito boa e ótima mãe. Ai entra o elemento supresa que é uma constante.
Para ser um bom criador, outro fator importante,talvez o mais importante de todos, é considerar e reconhecer um ou mais criadores como mestres. A opinião, critica e anlise que eles fazem de nossos cães é imprecindivel para criar bem. tenho meus mestres: Américo,Ailton, Jonas, Paulo Angoti e Paulo Augusto. Se eu discordo deles, por princípio estou errado.
Conhecer os cães pessoalmente é outro fator importante. Fotos nem sempre mostram a realidade. Quanto mais cães conhecemos melhor para nossa criação e saberemos onde procurar quando se fizer ncessario.
Conhecer criadores experientes, como Paulo Angoti, Iliano Ribeiro, Inês Van Damme, Caico, Jaime Perez, Giovane, Ralf e outros, Só acrecenta, pois com todos eles temos muito a aprender.
Um dos maiores obstáculos que encontro hoje em dia é que os novos criadores se tornam professores até mesmo antes de possuírem algum cão. São muitos os mestres e poucos os alunos. Todos donos da verdade absoluta. Devemos sempre estar abertos a aprender e não a impor nossa opinião. O novo criador é importante para a continuidade da raça, mas raros tem a humildade necessária.
Aos olharmos um cão, devemos reparar, primeiro é lógico, na aparência geral e depois nos pontos fortes dos dos cães. Se formos procurar defeitos, vamos achar e muitos. Fixar nos defeitos é deixar de ver o cão. É melhor um cão magnifico com 3 ou 4 defeitos do que um cão medíocre sem nenhum defeito. Detalhes devem ser observados mas com conhecimento. O temperamento do fila deve ser mantido sempre. Se perder o temperamento perde-se tudo.
Pertencer a um clube é reconhecer nos princípios deste, as orientações necessárias para desenvolver e aprimorar nossa criação.
Criar é um estimulo a vida e um aprendizado constante. Saber reconhecer qualidades nos cães de outras pessoas é ter chance de aprimorar. A cegueira de canil, tem quer esquecida para criar bem.
Pertencer ao CAFIB é ter a oportunidade de crescer dentro da raça e manter o fila como ele era, é e será
Olegario Bretas